3 Sinais Típicos de Trombose Venosa Profunda

Muitas doenças vasculares são assintomáticas, desenvolvendo-se silenciosamente, o que faz do diagnóstico algo muito difícil. Por esse motivo, exames em caráter preventivo são ideais para a detecção precoce de problemas que por muitas vezes só se manifestam quando o quadro se torna irreversível.

Dentre as doenças vasculares mais comuns, a Trombose venosa profunda (TPV) atinge em média 150 mil brasileiros anualmente e a depender da extensão da formação do trombo, o quadro pode evoluir e causar gangrenas em aproximadamente 2% a 3% dos pacientes e por comprometer maciçamente as veias dos membros inferiores, pode causar também embolia pulmonar.

Trombose venosa profunda (TVP) constitui na formação de coágulos sanguíneos que se desenvolvem em veias profundas do corpo. O coágulo pode bloquear parcialmente ou completamente o fluxo sanguíneo através da veia. A maioria dos casos ocorre na parte inferior da perna, coxa ou pelvis, porém o trombo pode fluir pelo sangue e atingir outras partes do corpo, incluindo o braço, o cérebro, os intestinos, o fígado, rim ou pulmão, causando graves consequências.

Neste artigo, trataremos de 3 principais sinais de trombose venosa profunda, como realizar o diagnóstico, principais tratamentos e como se prevenir da doença.

Quais são os sinais típicos de trombose venosa profunda?

Como dissemos no início, não são em todos os casos que os sinais de trombose venosa profunda surgem, pois para muitas pessoas a doença é assintomática, contudo, as manifestações mais recorrentes são:

• Dor nos braços e nas pernas principalmente na região das panturrilhas, podendo expandir até os pés e tornozelos.
• Edema (inchaço), na área afetada.
• Mudança de cor, a região afetada pela doença ganha a coloração vermelha ou azul.

Estes são os sinais de trombose venosa profunda mais comuns, porém outros sintomas podem surgir esporadicamente de maneira atípica, sendo necessário uma análise minuciosa.

Diagnóstico

Identificado alguns dos sinais de trombose venosa profunda, o indivíduo deve procurar um cirurgião vascular para a realização de exames para confirmação do quadro. A Drª Nayara Cioffi Batagini recomenda que seja realizado o Ultrassom Doppler Venoso, em casos de trombose de veias torácicas, abdominais ou pélvicas a Angiotomografia ou Angio-Ressonância Magnética são os exames indicados.

Complicações

Devido a suas características, a trombose venosa profunda pode se desenvolver e gerar algumas complicações. A mais temida de todas é a embolia pulmonar, que se dá quando um coágulo sanguíneo se desprende da veia e atinge os vasos do pulmão, viajando através da circulação venosa. A embolia pulmonar causa grande comoção, pois a depender do caso pode até mesmo levar o indivíduo a morte.

Além da embolia pulmonar, outra complicação possível da TVP é a Síndrome Pós-Trombótica, comum em pacientes com quadro de tromboses extensas que acometem veias principais, de maior calibre nos membros inferiores. A Síndrome Pós-Trombótica pode manifestar sinais de trombose venosa profunda, como insuficiência venosa crônica no local afetado, dor em demasia, edema crônico e em casos mais graves, feridas.

Tratamentos para Trombose Venosa Profunda

O tratamento para Trombose Venosa Profunda a depender do caso, pode ser feito tanto em ambiente hospitalar quanto ambulatorial. O objetivo é evitar o desenvolvimento do coágulo sanguíneo, impedindo que ele se desprenda e cause uma embolia pulmonar, assim como reduzir as chances de recorrência da patologia e evitar sequelas futuras.

Como a TPV acontece devido à coagulação sanguínea, o tratamento com medicamentos anticoagulantes, que diluem o sangue, dificulta e pode impedir a coagulação. A prescrição do medicamento, de acordo com o caso, pode ser definida de 3 a 6 meses de uso, contudo, em alguns casos com fatores de riscos recorrentes, ou não elimináveis, o uso do medicamento anticoagulante pode ser por tempo indefinido.

Pacientes não elegíveis ao uso de anticoagulantes podem optar pelos filtros de veia cava, pois eles impedem que os coágulos sanguíneos se movam da veia do membro afetado, para o pulmão. O filtro é inserido por meio de um cateter, através de processo cirúrgico. O procedimento é realizado sob anestesia local, uma punção é feita para que o médico possa acessar o sistema vascular, posicionando o filtro abaixo das veias renais, com auxílio de um raio X. O filtro pode ser posto tanto via femoral, quanto jugular, com incisão que varia de 3 a 5 milímetros.

O intuito é a “captura” de coágulos enquanto os mesmos se locomovem pelo corpo. Previne a embolia, mas não previne a formação de novos coágulos.

Casos mais complexos, de trombose de veias calibrosas, nas quais muitos sinais de trombose venosa profunda são identificados o tratamento endovascular pode ser necessário.

Quando a trombose venosa profunda acomete veias importantes, como as veias ilíacas e femorais, com alto risco de desenvolvimento futuro de Síndrome Pós-Traumática, por exemplo, pode significar Trombectomia.

O tratamento da Trombectomia é feito a partir da cirurgia endovascular, um procedimento minimamente invasivo, no qual através de um pequeno impulso, os coágulos são aspirados com o uso de dispositivos específicos.

Prevenção

A prevenção visa reduzir o risco de formação de coágulos em pessoas predispostas e que possuem sinais de trombose venosa profunda e para aqueles que querem evitar a reincidência do caso:

• Para evitar reincidências tome os remédios regularmente seguindo as orientações médicas e mantenha sempre o acompanhamento médico.
• Pacientes que não foram acometidos pela patologia, mas possuem risco maior de desenvolver uma TVP certifique-se de:
• Exercitar os músculos inferiores caso seja necessário ficar muito tempo parado, ao menos a cada 30 minutos.
• Após situações de acamamento faça atividades físicas assim que possível, pois quanto mais cedo for possível voltar a se movimentar, menor as chances de desenvolver coágulos.

Para diminuir o inchaço nas pernas use meias de compressão, pois em muitos casos, o inchaço ocorre porque as válvulas nas veias dos membros inferiores estão danificadas ou bloqueadas pela trombose.

O diagnóstico precoce e o acompanhamento constante dos sinais de trombose venosa profunda são fundamentais para evitar a evolução da doença, por isso consultar-se com um cirurgião vascular regularmente é fundamental. A Drª Nayara Cioffi Batagini é graduada em Medicina com especialização em Cirurgia Vascular e Endovascular pela Universidade de São Paulo (USP). Agende uma consulta e cuide de sua saúde em primeiro lugar.